Você está recebendo um convite pessoal e intransferívelpara participar de uma conversa de roda [através do Google Meet] cujo objetivo é analisar e estudar, preferencialmente, filmes com temática negra, onde se valorize obras de atores e atrizes, roteiristas e diretores, onde a questão negra esteja em evidência. Filmes nacionais e internacionais.
Este convite é para participar do II Conversa de Roda no Quilombo Literário sobre filmes.
Conversa de Roda no Quilombo Literário sobre filmes pretende estimular entre os participantes o gosto por assistir filmes com temática negra; melhorar a capacidade de analisar e interpretar filmes; discutir e apresentar as ideias; aprimorar a escrita de textos voltados a filmes sobre a questão negra.
O Conversa de Roda no Quilombo Literário sobre filmes vai pegar carona em blog já existente, o www.quilomboliterario.blogspot.com, temos também uma página no Facebook quilombo literário – 2018.
Em 10 de julho de 2021, faremos nosso segundo encontro, quando trabalharemos o filme do Emicida "AmarElo É Tudo Pra Ontem".
Assistir ao filme/documentário é condição necessária para participar do encontro.
II Conversa de Roda no Quilombo Literário sobre filmes
Data: 10 de julho de 2021
Local: Pelo Google Meet
Horário:
Filme disponível na plataforma da Netflix
Sobre o filme:
“Nos bastidores do show no Theatro Municipal de São Paulo o rapper e ativista Emicida celebra o grande legado da cultura negra brasileira.” Duração: 1:29 min
[retirado da apresentação do filme na Netflix].
Mais sobre o filme:
"Em seu mais novo projeto, o AmarElo (disco e documentário), o rapper Emicida, de origem paulistana, deixa evidente a importância da ocupação de espaços como o “Municipal” por grupos historicamente marginalizados na história do Brasil. Em entrevista ao El País, disse: “Durante muito tempo, nossa sociedade ficou refém de algo que ela chama de alta cultura. Uma cultura elitizada, que se baseia numa ideia questionável de que o povo não compreende arte. Transformar um prédio tão importante em um templo da alta cultura afastou a população, sobretudo a população mais pobre. Não sou o primeiro artista negro, não sou o primeiro representante de um movimento popular a subir naquele palco. Mas conseguimos criar um contexto, onde levamos para lá dentro um número imenso de pessoas que passam ao redor do Theatro todos os dias, mas não se perguntam: “por que a gente nunca entrou nesse teatro?” Por que nunca nos convidaram a pertencer a ele? Quarenta anos depois do nascimento do Movimento Negro Unificado, em 1978, temos a oportunidade de ocupar esse palco. O mais simbólico e mágico dessa ocupação foi encontrar algumas das pessoas que estavam naquelas escadas lutando por um Brasil mais justo, na criação do MNU, e colocá-los no meio do teatro”."
Fonte:
comentário da Questão 5 da Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB) - 2021.
Solicitamos que cada participante confirme participação ao encontro pelo e-mail quilomboliterario@gmail.como mais breve, para que possamos enviar o link para acesso. O link será enviado para aqueles que confirmarem presença!
Você está recebendo um convite pessoal e intransferível para participar de uma conversa de roda [através do Google Meet] cujo objetivo é analisar e estudar, preferencialmente, filmes com temática negra, onde se valorize obras de atores e atrizes, roteiristas e diretores, onde a questão negra esteja em evidência. Filmes nacionais e internacionais.
Este convite é para participar do I Conversa de Roda no Quilombo Literário sobre filmes.
Conversa de Roda no Quilombo Literário sobre filmes pretende estimular entre os participantes o gosto por assistir filmes com temática negra; melhorar a capacidade de analisar e interpretar filmes; discutir e apresentar as ideias; aprimorar a escrita de textos voltados a filmes sobre a questão negra.
O Conversa de Roda no Quilombo Literário sobre filmes vai pegar carona em blog já existente, o www.quilomboliterario.blogspot.com, temos também uma página no Facebook quilombo literário – 2018.
Em 29 de maio de 2021, faremos nosso primeiro encontro, quando trabalharemos o filme "Meu Amor [seis histórias de amor verdadeiro]".
Assistir ao filme/documentário é condição necessária para participar do encontro.
I Conversa de Roda no Quilombo Literário sobre filmes
Data: 29 de maio de 2021
Local: Pelo Google Meet
Horário: das 15:00 às 17:00h
Filme disponível na plataforma da Netflix
Sobre o filme:
Vamos trabalhar apenas com o 5º episódio do filme/documentário: "Brasil: Nicinha e Jurema".
Nome do filme/documentário: Meu Amor [seis histórias de amor verdadeiro]
É uma minissérie com 6 episódios, vamos analisar e estudar apenas o caso brasileiro.
O filme/documentário "Meu Amor [seis histórias de amor verdadeiro]"
Seis casais espalhados pelos quatro cantos do mundo.
Acompanhe seus altos e baixos. Junto o amor de suas histórias.
Sobre o 5º episódio:
Nicinha e Jurema estão juntas há 43 anos, formaram uma grande família em uma favela populosa e sonham em se aposentar na tranquilidade do campo. [1h04min].
Solicitamos que cada participante confirmeparticipação ao encontro pelo e-mail quilomboliterario@gmail.com o mais breve, para que possamos enviar o link para acesso. O link será enviado para aqueles que confirmarem presença!
O link abaixo é o do texto que o CearaCriolo publicou.
[copiando e colando o link, é possivel entrar na página do CearaCriolo e acompanhar a íntegra da postagem do texto, inclusive, é possivel deixar comentários lá!]
Também é possível deixar comentários aqui no nosso blog. É lá embaixo! [comentários são sempre bem vindos!]
Nos Pampas gaúchos, aquela enorme região do Rio Grande do Sul na divisa com o Uruguai e a Argentina, faz muito frio! No dia em que Irene completou 13 anos, a mãe foi falar com a patroa para que conseguisse um trabalho para a filha. Podia ser como ajudante na casa de qualquer pessoa conhecida da patroa. A situação estava muito difícil em casa. Irene estava crescendo e não podia ficar às tardes solta nas ruas do bairro. O jeito era encaminhá-la para um trabalho. O pai trabalhava na construção civil, mas ganhava pouco. Tinha baixa escolaridade e, por isso, não era valorizado. Tinha aprendido o ofício com o pai dele.
– Por que colocar a guria a trabalhar tão cedo, dona Marlene? Encaminhe ela para estudar, ter uma boa profissão. Quem sabe ela até possa lhe ajudar ao final da sua vida, argumentou Patrícia.
A vida do pobre nem sempre era tão certinha assim, Marlene pensava, enquanto sacolejava no ônibus de volta para o barraco onde vivia com Irene e João, marido trabalhador, que desde os nove anos trabalhava em obras com o pai. Aprendeu tudo sobre construção de edifícios na prática, mas nunca foi valorizado porque não aprendeu a ler nem a escrever. Aos negros, não sobra tempo para estudar. O aluguel e a fome parecem que estão sempre batendo à porta. Para dona Patrícia, é muito fácil dizer “ponha a guria a estudar”. Mas pagar de que jeito?
Absorta em seus pensamentos, tentando encontrar uma saída sobre o que fazer com Irene, Marlene nem percebeu que passou da parada onde deveria descer. Enquanto voltava a pé, depois de descer cinco ou seis paradas adiante, pensava que não era essa a vida que queria para Irene. Começar tão cedo como ajudante de empregada doméstica, ser tratada, como ela própria foi muitas vezes, igual a uma escrava, quando as patroas não permitiam que talheres, banheiros e toalhas fossem compartilhados. Dona Patrícia está certa! A guria tem que continuar os estudos. Ser alguém! Não reproduzir a história da mãe, dizia Marlene para si mesma!
– Aqui em casa tem muitos livros, Marlene! Diga para a Irene vir aqui escolher alguma coisa para ler. Ela pode levar para casa. É melhor do que deixar a guria correndo nas ruas. A senhora sabe como é essa juventude, arrematou Patrícia.
Essas conversas com Patrícia fizeram com que Marlene começasse a refletir sobre a vida não só da Irene como a dela, a do marido, as dos pais e a de amigos próximos. O marido era um bom homem, trabalhador, nunca deixou faltar o básico em casa, mas, às vezes, quando perdia o emprego, quer porque a obra terminou, quer porque houve má administração da obra, ficava em casa bebendo até aparecer outro emprego. E, quando demorava para aparecer, ele partia para agressões físicas em Marlene, como se ela fosse a culpada por serem negros e, assim, na hora das demissões, fossem os primeiros, mas nas admissões, os últimos. Era triste ver o marido nessa angústia, mas também não estava mais a fim de suportar as agressões físicas, e agora percebia que Irene talvez fosse por esse mesmo caminho, casando-se com um rapaz com estudo e trabalho precários, também ela própria com estudos e trabalhos precários. Não! Não queira isso para a filha! Irene vai estudar! É o estudo que dará ferramentas para que ela busque caminhos para escapar da pobreza e de trabalhos precários!
Apesar de ter estudado quase nada, Marlene tinha um refinado conhecimento sobre talheres, qual talher é utilizado para comer determinada comida; sobre comportamento à mesa, não falar de boca cheia, não falar ao mesmo tempo que outra pessoa; ao preparar um jantar que bebida acompanha a carne ou a massa. Tudo isso foi resultado de observações nas diversas casas de médicos, advogados e empresários que trabalhou. Mas em todas as casas ela sempre foi só a serviçal que era humilhada quando algo saía errado e, quando dava certo, a patroa é quem era cumprimentada. Dona Patrícia foi a primeira que se interessou em conversar sobre o futuro, dizendo que o futuro pode ser diferente: o dela, Marlene; o da Irene e o dela própria, Patrícia!
Patrícia é uma antropóloga branca que nasceu com tudo pronto na vida. Era só seguir o curso já traçado por outras pessoas. Em criança, fez balé, natação, canto e idiomas. Quando chegou na adolescência, idade que Irene tem hoje, já tinha uma vasta rede social formada. Era só começar a ler os clássicos da literatura e entrar para a universidade. Tão certo quanto o correr de um rio!
– Marlene, a senhora acha que eu concordo que alguém seja retirado de seu país, de seu convívio, e seja enviado para trabalhar de graça em outro país, para enriquecimento de outras pessoas? Temos uma dívida enorme com todos os negros e seus descendentes que foram jogados nessa situação. O mínimo que podemos fazer é o que empresas estão propondo atualmente: abertura de vagas nos altos escalões só para negros. É uma forma de abrir brechas para que haja real diversificação de pensamentos nas decisões que as empresas vierem a tomar, dizia Patrícia, numa tarde chuvosa, lá nos Pampas, quando as duas se sentaram para trocar ideias.
Depois dessas conversas com Patrícia, Marlene passou a incentivar Irene a ler. Era a única herança que poderia deixar para a guria. Não tinha como pagar aulas de balé, tênis ou natação, mas tinha como conseguir livros emprestados com dona Patrícia. Marlene conseguiu se aproximar de Irene repassando as histórias sobre negros que ouvia de Patrícia. Eram histórias de sofrimento durante a escravidão, muito trabalho pesado e, ao final da jornada de trabalho, muitas vezes, ainda servir ao Senhor. Mas também havia as histórias de homens e mulheres valentes, verdadeiros heróis negros, que muitas vezes conseguiam liderar grupos em fuga, rumo a uma terra livre e prometida que muitos chamavam de quilombos. Lá, nesses quilombos, viviam por sua conta e risco, porém, podiam plantar sua própria verdura para consumo de todos e as crianças não precisavam mais trabalhar desde muito cedo. Iam brincar e estudar, aprender os costumes e as religiões africanas. Irene passou a esperar ansiosa a hora em que a mãe voltava para casa. Assim, as duas podiam conversar alegremente sobre a saga dos negros na diáspora.
Ontem, a construtora onde o pai da Irene trabalha entregou oficialmente o prédio aos compradores. João foi homenageado como funcionário padrão, aquele que não teve nenhuma falta, não desperdiçou material, não teve advertências, enfim, foi um exemplo para todos. Quando mãe e filha chegavam para participar das homenagens, ouviram uma voz cujo conteúdo é conhecido dos negros da diáspora:
– O elevador de serviços é aquele lá no fundo!
Marlene não se deu por vencida, respondendo prontamente:
– O meu é este aqui mesmo! É que comprei um apartamento recentemente. Estou meio perdida neste prédio!
E ficou olhando firmemente para a moderna Sinhá, aquela que ainda não admite andar no mesmo elevador com uma negra!
O Ceará Criolo é um coletivo de comunicação de promoção da igualdade racial. Um espaço que garante à população negra afirmação positiva, visibilidade, debate inclusivo e identitário.
AURCA - Universidade Regional do Cariri, está organizando oXI Congresso Internacional Artefatos da Cultura
O Quilombo Literário submeteu proposta de trabalho a ser apresentado durante o XI Congresso e recebeu hoje resposta onde seu trabalho foi aprovado para participar do Congresso. Segue abaixo o comunicado de aceite do nosso trabalho.
XI CONGRESSO INTERNACIONAL
ARTEFATOS DA CULTURA NEGRA
SISEVENTOS - URCA12:37h
Antecipadamente agradecemos a sua submissão de título: EXPERIÊNCIAS DE UM QUILOMBO LITERÁRIO EM FORTALEZA/CE: LITERATURA NEGRA, NARRATIVAS E AFETOS, no evento: XI CONGRESSO INTERNACIONAL ARTEFATOS DA CULTURA NEGRA
O seu trabalho foi Aceito
Na sequência, informamos as etapas que ainda faltam ser cumpridas no XI Congresso:
Etapas do cronograma que ainda não aconteceram:
de 21 de setembro a 02 de outubro 2020 - Congresso
até 03 nov 2020 - Entrega de resumos expandidos - via e-mail
Email:quilomboliterario@gmail.com Locais de encontro: em princípio, residência dos
participantes; ou outros locais sugeridos pelos participantes.
Periodicidade dos
encontros: 1 (um) encontro
por semestre (havendo disponibilidade e interesse, outros encontros poderão ser
feitos no semestre, inclusive encontros extras para tratar de algum assunto do
momento relativo à questão negra).
Dinâmica: conversa de roda, onde cada
participante comenta o que lhe pareceu interessante na obra estudada. As ideias
da obra estudada servem como ponto de partida para a conversa, mas a obra é o
fio condutor.
Os participantes: preferencialmente afrodescendentes com
afinidades com a temática negra.
Capa do livro selecionado para nosso primeiro encontro. Retirado do blog da autora.
O convite: para participar do Conversa de roda no Quilombo Literário é preciso receber, via
e-mail pessoal, convite pessoal e intransferível, enviado pela comissão
organizadora.
Obras: preferencialmente livros de literatura
de autores negros que reflitam sobre a questão negra (nacionais e
internacionais).
Objetivo: o Quilombo Literário é um grupo
interdisciplinar formado por professores e não-professores interessados em
trocar experiências sobre a temática negra. Nas conversas de roda, diferentes
pontos de vista sobre a obra analisada devem aflorar. Nenhum ponto de vista é mais
correto que o outro. Isso apenas reforça a ideia de que podemos aprender alguma
coisa com os outros. Muitas vezes é um detalhe que nos passou despercebido.
Através das conversas de roda, o Quilombo Literário pretende estimular a
leitura de autores negros, melhorar a capacidade de interpretar e discutir
ideias, aprimorar a escrita de textos voltados à questão negra.
Dinâmica do blog: todos os participantes estão convidados
a escreverem textos de qualquer tamanho sobre a atividade realizada no
semestre. Também, caso algum participante tenha textos próprios sobre a questão
negra, poderá postá-los no blog.
Fotos: durante os encontros serão tiradas
várias fotos dos participantes que serão postadas no blog.
Contra-capa do livro. Retirado do blog da autora.
Outras atividades: muitas vezes, peças de teatro, cinema,
livros, ou outros, poderão ser indicados para que os participantes do Quilombo
Literário assistam. Comentários sobre estas peças ou livros poderão ser
escritos e postados no blog.
Outras ideias: ideias que possam melhorar as
atividades do Quilombo Literário são bem-vindas!
Condições para participar: só há 1 condição para participar: ler
integralmente a obra sugerida para o encontro.
Continuar como
participante: o
participante que, ao ser contatado, não responder a email ou telefone estará
automaticamente fora dos próximos encontros. Caso o participante não possa
participar, deverá retornar o convite dizendo da impossibilidade.
Capas do livro. Retirado do blog da autora.
Refeição: haverá intervalo para que os participantes comam e bebam algo. Ou se poderá, ao final do encontro, ir a um Café e todos poderão comer e beber o que quiserem.
Dia e duração: os encontros serão sábado à tarde das
14 às 18h.
Os livros: serão livros de literatura que deverão
ser comprados nas livrarias da cidade. É importante que se leve o livro no dia
do encontro para que se possa fazer citações e se indicar a página da citação
para que os demais acompanhem.
Algumas obras ou autores
sugeridos para estudo:
Alice Walker Cuti Toni Morrison Pele negra, máscara branca Cristiane Sobral Autores africanos
Cristiane autografando livros. Retirado do blog da autora.