Fortaleza, 26 de Janeiro de 2023.
Queridos/as amigos/as do Quilombo Literário!
A Coordenação do Quilombo Literário vem a público informar o próximo
livro que iremos trabalhar:
Livro: Sobrevidas
Autor: Abdulrazak Gurnah
Data:
Local:
A Coordenação informa que ainda não leu a obra, apenas achou bem
interessantes os comentários de apresentação encontrados no site.
A indicação desse livro tem o intuito de abrir nosso grupo de leituras
para conhecer autores africanos que falem [ambientem] histórias centradas em
África.
Por isso, a Coordenação escolheu a obra SOBREVIDAS, traduzida
recentemente para o português, de Abdulrazak Gurnah, que ganhou o Prêmio Nobel
de Literatura de 2021.
Sobre o autor:
Abdulrazak Gurnah nasceu em 1948 na ilha de Zanzibar, então protetorado
britânico, atualmente parte da Tanzânia. Aos 18 anos, deixou o país como
refugiado e estabeleceu-se no Reino Unido.
Trata-se de “um romance arrebatador que tem como pano de fundo os
efeitos brutais do colonialismo na África Oriental”.
Segundo a Academia Sueca, o livro “... foge de descrições
estereotipadas e abrem nossos olhares para uma África Oriental culturalmente
diversificada, desconhecida para muitos em outras partes do mundo."
Fernanda Silva e Sousa, da Folha de São Paulo, diz que o autor defende
que “as vítimas do colonialismo não são meras vítimas nem estatísticas, mas
seres humanos que sonham, riem, amam, se casam."
Há muitos comentários e informações sobre a obra no site.
https://www.amazon.com.br/Sobrevidas-Abdulrazak-Gurnah/dp/6559212289/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&keywords=Abdulrazak+Gurnah&qid=1674166981&sr=8-1
O preço da obra, informado no site, é:
- kindle R$ 19,90;
- capa convencional R$ 44,90
Da aba “páginas” [no site] selecionamos o comentário abaixo:
“... Resumidamente, Sobrevidas compreende um período de aproximadamente
80 anos e apresenta uma África cujas fronteiras ainda estavam sob disputa, isto
é, desde a colonização alemã da Tanzânia até 1963, dois anos depois da
independência do país. Contudo, apesar dos grandes eventos forjarem o rumo dos
acontecimentos, são as pessoas comuns que ocupam o centro da narrativa.
Conforme explica David Pilling, editor do FT Afrika: “Há um provérbio do leste
africano que diz que quando os elefantes lutam é a grama que sofre. Abdulrazak
Gurnah é um escritor sutil demais para recorrer a tal clichê. Mas Sobrevidas é
uma história da grama”.
Com quase 400 páginas e cerca de 8 horas de leitura, o romance aborda
um assunto relevante, mas pouco explorado: o emprego de soldados africanos,
comprados ou roubados, para defender os interesses do colonizador, no caso, a
Alemanha. Eles são representados por Ilyas e Hamza que, vizinhos na infância,
trilham distintos caminhos até um desfecho impactante, mas abrupto, que é a
principal crítica ao livro.
Curiosamente, Gurnah estrutura a narrativa tendo como arcabouço moral
Khalifa. Pacifista e mal-humorado, ele é um guarda-livros que abre o romance e
pouco a pouco, vai estabelecendo laços com as demais personagens, como a órfã
Afia que, irmã de Ilyas, é criada por ele e a esposa. Por sinal, “é através de
Afia e Hamza que é aberta uma janela para o potencial restaurador da confiança
e do amor em Sobrevidas”. (Maaza Mengiste, The Guardian) ...”.
A Coordenação do
Quilombo Literário
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