domingo, 19 de fevereiro de 2023

Convite para o próximo livro a ser trabalhado no Quilombo Literário - em26feve23

 

Fortaleza, 26 de Janeiro de 2023.

Queridos/as amigos/as do Quilombo Literário!

A Coordenação do Quilombo Literário vem a público informar o próximo livro que iremos trabalhar:

Livro: Sobrevidas

Autor: Abdulrazak Gurnah

Data: 

Local: 

A Coordenação informa que ainda não leu a obra, apenas achou bem interessantes os comentários de apresentação encontrados no site.

A indicação desse livro tem o intuito de abrir nosso grupo de leituras para conhecer autores africanos que falem [ambientem] histórias centradas em África.

Por isso, a Coordenação escolheu a obra SOBREVIDAS, traduzida recentemente para o português, de Abdulrazak Gurnah, que ganhou o Prêmio Nobel de Literatura de 2021.

 Sobre o autor:

Abdulrazak Gurnah nasceu em 1948 na ilha de Zanzibar, então protetorado britânico, atualmente parte da Tanzânia. Aos 18 anos, deixou o país como refugiado e estabeleceu-se no Reino Unido.

Trata-se de “um romance arrebatador que tem como pano de fundo os efeitos brutais do colonialismo na África Oriental”.

Segundo a Academia Sueca, o livro “... foge de descrições estereotipadas e abrem nossos olhares para uma África Oriental culturalmente diversificada, desconhecida para muitos em outras partes do mundo."

Fernanda Silva e Sousa, da Folha de São Paulo, diz que o autor defende que “as vítimas do colonialismo não são meras vítimas nem estatísticas, mas seres humanos que sonham, riem, amam, se casam."

Há muitos comentários e informações sobre a obra no site.

https://www.amazon.com.br/Sobrevidas-Abdulrazak-Gurnah/dp/6559212289/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&keywords=Abdulrazak+Gurnah&qid=1674166981&sr=8-1

O preço da obra, informado no site, é:

- kindle R$ 19,90;

- capa convencional R$ 44,90

Da aba “páginas” [no site] selecionamos o comentário abaixo:

“... Resumidamente, Sobrevidas compreende um período de aproximadamente 80 anos e apresenta uma África cujas fronteiras ainda estavam sob disputa, isto é, desde a colonização alemã da Tanzânia até 1963, dois anos depois da independência do país. Contudo, apesar dos grandes eventos forjarem o rumo dos acontecimentos, são as pessoas comuns que ocupam o centro da narrativa. Conforme explica David Pilling, editor do FT Afrika: “Há um provérbio do leste africano que diz que quando os elefantes lutam é a grama que sofre. Abdulrazak Gurnah é um escritor sutil demais para recorrer a tal clichê. Mas Sobrevidas é uma história da grama”.

Com quase 400 páginas e cerca de 8 horas de leitura, o romance aborda um assunto relevante, mas pouco explorado: o emprego de soldados africanos, comprados ou roubados, para defender os interesses do colonizador, no caso, a Alemanha. Eles são representados por Ilyas e Hamza que, vizinhos na infância, trilham distintos caminhos até um desfecho impactante, mas abrupto, que é a principal crítica ao livro.

Curiosamente, Gurnah estrutura a narrativa tendo como arcabouço moral Khalifa. Pacifista e mal-humorado, ele é um guarda-livros que abre o romance e pouco a pouco, vai estabelecendo laços com as demais personagens, como a órfã Afia que, irmã de Ilyas, é criada por ele e a esposa. Por sinal, “é através de Afia e Hamza que é aberta uma janela para o potencial restaurador da confiança e do amor em Sobrevidas”. (Maaza Mengiste, The Guardian) ...”.

 

A Coordenação do                         

Quilombo Literário